terça-feira, 13 de setembro de 2011

Como cultivar Bonsai



Como cuidar e cultivar o seu Bonsai


Antes de mais nada vamos entender o que é um bonsai.

Bonsai do japonês: bon-sai. Alguns tradutores mencionam como “árvore na bandeja”, outros como “árvore na panela” e ainda outros como “árvore no vaso”. Na minha humilde opinião a melhor tradução é a primeira, pois visualmente um vaso de Bonsai se assemelha muito a uma bandeja, seja ela retangular, quadrada, oval, redonda ou hexagonal. A única exceção são os vasos utilizados para os estilos kengai (cascata) han-kengai (semi-cascata).

Porém o bonsai precisa ter características mais específicas do que simplesmente estar num vaso do tipo bandeja. O Bonsai deve imitar, ou melhor, se assemelhar a uma árvore da natureza em escala miniatura imitando a forma da mesma durante o período de crescimento, maturidade e os efeitos da natureza sobre a mesma: o efeito da gravidade sobre os galhos, as marcas do tempo, as reações às intempéries naturais e a estrutura geral do tronco, raiz e galhos. Essencialmente é uma obra de arte sempre em movimento e mutação, produzida pelo homem através de cuidados específicos.

Essa é uma descrição bem básica sobre o tema, porém o suficiente para iniciarmos nosso aprendizado sobre a arte. Falarei sobre mais detalhes e assuntos mais específicos em outros posts, assim como já escrevi alguns disponíveis aqui no blog. Este post será dedicado aos cuidados básicos, visando à manutenção de sua planta para que ela se mantenha saudável e te deixe empolgado em adentrar nesse lindo e entusiástico mundo em miniatura.

A intenção é fazer com que você consiga bons resultados iniciais e não desista, assim como muitos que por falta de informações ou mesmo por informações erradas viram suas plantas definharem e morrerem, criando assim a ilusão de que isso é um mundo para poucos, mas veja, essa não é, e nem pretendo que seja uma matéria definitiva, indiscutível ou incontestável sobre o tema, apesar de ser uma arte milenar, todos os dias nos deparamos com técnicas novas e melhoradas, a intenção é de apenas nortear os iniciantes.

Existem várias formas de se obter um bonsai:

- Misho - É o cultivo a partir de sementes.

- YamadoriSignifica muda colhida na natureza. Não permitido pelas leis brasileiras. A alternativa a isso é a obtenção de mudas e plantas adultas em viveiros.

- Sashiki - Preparação de mudas para bonsai por estacas de galhos.

- Alporquia - Técnica aplicada com o objetivo de forçar o crescimento de raízes em um determinado local de um galho ou segmento de tronco de uma árvore natural.

Esses são os métodos mais usados.

Outras formas de iniciar na arte, seria a obtenção de plantas já iniciadas e encaminhadas para o cultivo do Bonsai, ou mesmo plantas já formadas em viveiros especializados. Também existe a possibilidade, porém pouco aconselhável da compra de mudas em supermercados vendidas como Bonsai e que costumamos usar um trocadilho chamando-as de Mausai. Eu comecei assim.

Para os iniciantes aqui vai uma dica: Tenha em mente quão paciente você será com desenvolvimento de sua nova planta. Se eu pudesse recomeçar, teria adquirido no início uma planta encaminhada ou mesmo uma planta já formada. Isso teria me dado mais paciência como minhas plantas (mudas) quando comecei a cultivar Bonsai.

* Dicas:
- Segundo algumas linhas de pensamento Bonsai, sempre se escreve no singular; Um Bonsai, dois Bonsai, três bonsai..., Porém alguns já admitem que se coloque o "s" indicando o plural, dois bonsais, três bonsais,..., por ter sido uma palavra já inserida ao português ou abrasileirada.
- Pronuncia-se Bon-ssai.

Após obter sua muda, muitas perguntas e questionamentos virão: Aonde irei colocá-la? Como devo regá-la? O que ela precisa? Devo podá-la? Etc.

A maioria das pessoas inicia o cultivo do Bonsai através da compra de uma muda.

Muda ou bonsai de supermercado (ou pseudo bonsai): As plantas adquiridas em supermercados, nem de longe podem ser chamados de bonsai. Alguns produtores ainda tentam sair pela tangente nesse quesito, dando a suas plantas o nome de jovem bonsai ou bonsai junior, porém não passam de mudas de plantas que são cultivadas em vasos de plástico comum, sacos plásticos ou mesmo no chão.

Além do problema de ser uma tremenda enganação com o consumidor, não existe nem um cuidado, no momento de passar essas plantas para os vasos de bonsai, que na maioria dos casos são de plástico, e nem mesmo de disponibilizar informações básicas. 
Simplesmente retiram a planta do local onde estão sendo cultivadas, com parte do torrão e raízes e as colocam no novo vaso, completam de terra e enfeitam com pedrinhas brancas. Não há sequer a preocupação de deixar a planta se adaptar ao novo vaso antes de colocá-las a venda.

Se este for o seu caso, algumas dicas podem ajudá-lo:

- Evite colocar a planta diretamente no sol durante pelo menos um mês, coloque-a a meia sombra para que as folhas não queimem, assim dará tempo para que novas raízes sejam emitidas e possam alimentar toda a folhagem da planta. 
Após esse período vá adaptando-a aos poucos a incidência direta do sol, deixe-a para tomar sol por algumas horas, 2 ou 3, nos primeiros dias, de preferência o sol da manhã e vá aos poucos dia a dia aumentos esse tempo de exposição, podendo deixá-la após o período de adaptação até mesmo o dia todo sob sol, sempre com atenção em não descuidar das regas.

- Regue diariamente.

A quantidade de água? Regue até perceber que a água está saindo pelos furos embaixo do vaso, principalmente no verão. 
Na maioria dos casos o substrato usado no vaso não é muito drenante e isso pode causar encharcamento e consequente apodrecimento das raízes. 
Para evitar isso, até que adquira conhecimento e segurança na quantidade de água que sua planta precisa, enterre um palito desses de churrasco na posição vertical, nas laterais do vaso, não muito próximo ao tronco, um pouco antes de regá-la, deixe por alguns minutos e retire-o, verifique se está bem úmido, se estiver não regue. Se estiver seco ou com pouquíssima umidade, regue-a normalmente.

Outra forma de evitar o encharcamento é fazer um transplante da planta trocando todo o substrato, porém o risco de perdê-la pelo estresse causado por dois transplantes (replantios) seguidos aumenta. 
Caso opte assim mesmo por fazê-lo aqui vai uma dica sobre os itens que podem entrar na formação do novo substrato básico a ser usado: 30 % pedrisco de rio com medidas entre 03 e 05 mm, 30% de caqueira de tijolo ou de telha moída e peneirado com medidas entre 03 e 05 mm, 40% terra vegetal sem adubo, ou terra de barranco ou ainda substrato pronto, desses vendidos em gardens para floreiras.

Digo que é substrato básico, pois cada bonsaísta tem sua mistura preferida, mas basicamente derivadas dessa receita básica, como não pretendo dar nó na cabeça de quem está começando, acredito que essa seja a melhor para iniciar. 

Complementos que podem ser misturados ao substrato: Substrato pronto para floreiras, Casca de Pínus moída, Carvão Vegetal moído. Não existe uma mistura ótima a ser usada, tudo vai depender das características de sua planta, região onde você mora, clima, etc...

- Alimentação-Adubação: 
Não adube no primeiro mês. Se a planta estiver debilitada, isso só irá piorar a situação. Como diria o Sr. Hidaka "é como dar feijoada a doente".
Após o primeiro mês adube e repita a cada 15/20 dias no verão e a cada 30/40 dias no outono e inverno. 
Os adubos podem ser do tipo líquido ou granulado, desses comprados até mesmo em supermercados (utilize ½ dose da recomendada pelo fabricante) sendo os mais comuns o 10-10-10 ou 04-14-08. Adubos orgânicos como farinha de osso e torta de mamona, na quantidade de 50% de cada, misturados. Adubo de liberação lenta do tipo Osmocote.
A cada 6 meses, utilize algum adubo rico em micro nutrientes, "caso não contenha estes no tipo adubo que estiver utilizando."

- Assepsia: Verifique com freqüência entre as folhas e galhos a possível existência de alguma praga ou parasita. Sua planta pode estar morrendo e você nem sabia disso. Fique atendo, caso encontre algo, retire o intruso e se necessário utilize algum produto para eliminá-lo.

*Dica: Infelizmente algumas plantas adquiridas como bonsai, já chegam mortas em nossa casa, porém devido a suas reservas de nutrientes, só começam a dar sinais de que não estão bem, ou melhor, que morreram, após alguns dias. Isso é comum entre tuias, juníperos e pinheiros.

Muda ou bonsai de viveiro: Assim como os supermercados alguns viveiros (não especializados) também vendem o tal Mausai, portanto fique atento, caso esse seja o seu caso, a informações do item anterior servirão para você.

Se a planta que adquiriu, for uma planta de viveiro especializado, as primeiras coisas a fazer são:

- Pergunte a idade da planta, mais como curiosidade, pois você não deixará de adquirir uma ótima planta porque a idade dela não é avançada, além de quê algumas artimanhas podem fazer uma planta parecer muito mais velha do que realmente é.
Pergunte a data do último transplante. 
Pergunte o nome/espécie da planta, com isso será mais fácil obter informações sobre a espécie. 

Com as informações acima fica mais fácil começar a cuidar da planta.

Plantas mais novas, em média até 5 anos, costumam ser transplantadas a cada 2 a 3 anos. Plantas mais velhas, a cada 4 a 5 anos. A maior parte dessas plantas já vem em vasos próprios e com o substrato adequado. Caso a planta esteja em vaso comum,e isso não é tão incomum assim, pois barateia o preço de venda, o que pode ser uma ótima opção, você poderá proceder com o transplante da mesma, na época correta.

Durante o procedimento de transplante, você deverá realizar a poda das raízes para acondicionar a planta ao novo vaso ou mesmo no vaso já em utilização. Essa poda tem o objetivo de incentivar o crescimento de novas raízes capilares (que alimentam a planta) para que a mesma permaneça saudável. Também com as informações sobre a espécie você poderá buscar por informações sobre a quantidade de raízes a ser podada, que se diferencia em algumas espécies.

Os demais cuidados como rega, adubação, assepsia são os mesmos dos itens anteriores.

A melhor época para realizar procedimentos como transplante e podas é o final do inverno, inicio da primavera, final de agosto, começo de setembro aqui no Brasil. Isso não significa que não poderá ser realizado em outra época caso seja necessário, porém o risco de danos à planta se torna maior.

Outros procedimentos para manutenção da planta, principalmente no que diz respeito à manutenção de sua forma e tamanho também deverão ser tomados, porém deverá ser aprendido com mais calma e mais aprofundamento. 
*Não seja ansioso. Aprender a manter a planta viva já é um grande começo*. 
*Lembre-se, “bonsai é paciência”.

Algumas palavras sobre bonsai para você começar a pesquisar:

- Nebari – Formação de raízes na base do tronco.

- Tachiagari – primeiro terço do tronco, ou parte exposta, entre o nebari (raízes) e a copa.

- Estilo – Forma que se deseja para o bonsai.

- Aramação – Procedimento para dar forma aos galhos e troncos com o posicionamento de arames.


Espero que gostem da matéria e que possa ser útil aos amigos.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Ácaros


Doenças e Pragas

Ácaros

Em geral muito pequemos, possuem oito pares de patas, existem milhares de espécies, entre elas, os carrapatos e os causadores de sarnas. Os que atacam as plantas são: o branco, o rajado e o vermelho.   

• Danos

Os ácaros causam danos perfurando as folhas da soja e se alimentando do liquido ¹exsudato. Causam o aparecimento de manchas avermelhadas ou amareladas no dorso das folhas em posição oposta à das colônias, que vivem na parte inferior, evitando a luz solar.

No inicio, o ataque resulta em uma coloração esbranquiçada ou prateada dos fólios, passando para a cor amarelada e posteriormente a cor marrom. Populações elevadas podem causar a queda prematura das folhas e conseqüentemente perda da planta.

• Controle

Por se localizarem na face inferior das folhas, na parte média ou inferior das plantas, os ácaros são de difícil controle. O uso de Acaricidas específicos e inseticidas fosforados tem sido eficientes na redução da população, mas a presença de ovos que dão origem as formas jovens da praga pode resultar na reinfestação. 

Elevada umidade relativa do ar e chuvas intensas resulta na redução natural da população dos ácaros. Proliferam-se em plantas sob sombras de árvores, nas plantas cobertas por poeiras e plantas estressadas.

Combate

1.Biológico – Pode ser feito através do fungo Beuveria bassiana, ou pulverizando com enxofre ou com calda sulfocálcica (cal virgem + enxofre), ou com inseticida rural Natural Camp ou Combat (composto por Neen, citronela e pimenta), Biofertilizante PF, Bovenat PM, Boveril 103, da Itaforte.

2.Mecânico: Por causa da reflexão da luz, uma camada fina de casca de arroz, nos canteiros, inibe os ácaros.

Receitas

CALDA SULFOCÁLCICA
Misturar calda sulfocalcica a água a 15%, ou seja, 15ml de calda sulfocalcica para cada 1litro de água. Duas aplicações com intervalo de 1 semana.

CHÁ-DE-COENTRO
Com um punhado de folhas, preparar um chá e, depois de frio, pulverizar as plantas.

LEITE
Em 1 litro de água misture um litro de leite azedo e pulverize.

CEBOLA
É um bom repelente de aranhiço vermelho e dos afídios, em especial os que infestam a roseira. Esmagar a cebola numa trituradora e juntar uma quantidade igual de água, coar a mistura e usar o líquido resultante para pulverizar. Enterrar essa polpa amassada na horta ou nos canteiros com flores.

• Sugestão
  1. Evitar o uso de inseticidas Piretróides
  2. Aplicar produtos a base de Metamidofós e Profenofós, base de Dimetoato e Endosulfan
Pesquisa realizada pelo setor de manejo de insetos da Fundacep em 2004, /2005, demostrou que o melhor volume de calda para a aplicação desses produtos é de 100lt/há e que a aplicação deve ser feita com umidade relativa do ar superior a 50%.

• Ácaro-branco

Este ácaro mede cerca de 0,14 a 0,17 mm de comprimento. A fêmea tem coloração branca à amarelada-brilhante. Não tece teias. O ataque se dá nas folhas da parte de cima da planta. Preferem as folhas mais novas, ocorrendo inicialmente um escurecimento. 
O dano pode evoluir para folíolos com aspecto brilhante e bronzeado na parte inferior da folha, além do enrolamento dos bordos das folhas para baixo e rasgaduras. Ataques intensos causam queda das folhas. Eles são favorecidos por temperatura e umidade elevadas.

• Ácaro-vermelho

Estes ácaros medem entre 0,26 e 0,5 mm de comprimento. As fêmeas são de cor vermelha intensa e os machos e as formas jovens são amarelo-esverdeados, enquanto que os ovos são amarelados ou vermelhos-opacos. Não tecem teias. Formam colônias densas na face inferior das folhas, preferindo os folíolos da região de baixo da planta. 
Quando o ataque é intenso sobem para a parte superior da planta, atacando os folíolos do ponteiro. As folhas atacadas ficam amareladas e caem prematuramente. Baixas precipitações e períodos de seca favorecem o seu aumento populacional.

• Ácaro rajado

Mede cerca de 0,25 a 0,46 mm de comprimento. Todas as fases ativas são esverdeadas e as fêmeas apresentam manchas verdes escuras no dorso e são maiores que os machos. Formam compactas colônias na face inferior dos folíolos mais velhos, as quais são unidas por fios tecidos na forma de teias. Preferem a região mediana da planta. Ao sugarem a seiva dos folíolos mais novos, aparecem manchas branco-prateadas, na face inferior, que evoluem para manchas amarelas. Posteriormente, os folíolos apresentam manchas e áreas cloróticas, ou aspecto bronzeado (pardo-avermelhado) na face superior. As folhas atacadas apresentam coloração marrom ficam endurecidas, secam, e caem ao solo. O aumento populacional do ácaro-rajado é favorecido por temperaturas elevadas e baixas precipitações.

• Ciclo biológico

Como exemplo, cita-se o ciclo biológico do ácaro-rajado, cuja duração é de aproximadamente 21 dias sob temperatura de 20ºC e de 7 dias sob temperatura de 30 oC. Cada fêmea oviposita mais de 100 ovos. Considerando ciclo biológico de uma semana, ausência de controle natural e a produção de 50 fêmeas, em quatro semanas cada ácaro (fêmea) pode dar origem a mais de seis milhões de ácaros.

*Dicas:

A aplicação de calda sulfocálcica na proporção de 10ml por litro de água uma vez ao mês auxilia como preventivo. No caso de infestações já estabelecidas, faça uma aplicação na proporção de 15ml por litro de água, repetindo após uma semana. Porém não é 100% eficaz, podendo não ter o efeito esperado e se fazendo necessária o combate por outro meio.

Nos períodos mais secos do ano, lave toda a planta com água potável ao menos uma vez por semana com borrifador. Pode se também borrifar a planta diariamente logo nas primeiras horas do dia ou no finalzinho da tarde. Evite esses procedimentos nas horas mais quentes do dia ou diretamente sob o sol.

*Comentário pessoal: Além dos procedimentos acima de lavagem das plantas através de borrifador, costumo ao menos uma vez ao mês fazer uma lavagem com solução de água e detergente de coco - 1 colher de sobremesa por litro de água potável.


¹Exsudato (do latim exsūdāre significa fluir pra fora). Se refere a saída de líquidos orgânicos através das paredes e membranas celulares, tanto de animais quanto de plantas, por lesão ou por inflamação.
(Fonte Wikipédia)

Fontes: 
Agrícola Cantelli
Livro Um Jardim Para Sempre - Manual Prático Para Manuteção de Jardins, escrito por Raul Cânovas e realizado com o apoio da STIHL.


sábado, 16 de julho de 2011

Exposição de Bonsai no Jardim Botânico de São Paulo

XXXII Expo Bonsai do Jardim Botânico de São Paulo 


Está exposição ocorreu entre os dias 08 e 10 de julho de 2011.

Algumas das plantas a venda




 

 


 
Algumas plantas em exposição




Eu e a querida amiga e grande bonsaísta Regina Suzuki


quinta-feira, 14 de julho de 2011

Estilizando uma Eugênia Sprengelli

Estilizando uma Eugênia Sprengelli


Nome científico: Eugenia sprengelii DC., Eugenia microphylla Hort.
Família: Myrtacea
Árvore pequena, nativa do Brasil
Espécie adequada para iniciantes.

Características:
Folhas simples, opostas, lineares, muito pequenas, verde-claras, adensadas ao longo dos ramos, avermelhadas quando novas. Espécie muito ramificada.

Luz: Pleno sol no período da manhã. Evitar o sol intenso entre 11 e 15 horas.
Rega: As regas devem ser feitas a princípio 1 vez ao dia, porém no verão ou em épocas mais quentes pode ser necessário a rega pela manhã e outra na parte da tarde, porém é uma planta que suporta terrenos secos por certo período. A rega deve levar em conta o bom senso, verifique a necessidade real, pois o encharcamento do substrato pode levar a podridão das raízes e consequentemente a morte da planta, na dúvida enterre um palito de churrasco no vaso junto a planta, aguarde em torno de 20 minutos, retire o palito e verifique se está úmido, caso esteja com boa umidade não há necessidade de rega.   Esta espécie também aprecia a rega através de pulverização em sua folhas, mas isso deve ser feito sem a incidência de sol sobre suas folhas para que não queimem.

Esta Eugênia foi adquirida na XXXII Expo Bonsai do Jardim Botânico de São Paulo, realizada em julho de 2011.


Antes da estilização providenciei o transplante da planta aproveitando para efetuar uma poda parcial das raízes mais grossas reduzindo bem seu tamanho e visando um novo enraizamento a partir das extremidades podadas para maior ramificação das mesmas e melhoria do nebari.

Torrão de terra velho


Retirando parte do torrão de terra velho com o rastelo


Raízes parcialmente limpas


Iniciando a poda das raízes grossas



Raízes grossas podadas. Mantive a maior parte das raízes finas para diminuir o stress da planta e facilitar sua recuperação.


Nos cortes das raízes grossas foi aplicado pó enraizador.


A planta foi posicionada no vaso sobre a cama de substrato, que foi completado, e com a ajuda de um hashi foi feita a compactação para evitar bolhas de ar.




Planta já envasada


Sobre o substrato coloquei cascalho para proteger o substrato recém-colocado durante as regas evitando o deslocamento do mesmo.


Após o transplante analisei a planta. A primeira intenção era o estilo hokidashi, mas com algumas podas e alguns arames colocados observei a inclinação da planta para o moyogi.





Detalhe do nebari

Detalhe do Uro e Jin. Estes serão trabalhados para melhoria posteriormente.


Novas fotos serão postadas com a evolução da planta.


Continuação...

Olá amigos,

Seguem novas fotos da evolução da planta e um lindo projeto feito pelo amigo Alexandre S. Coelho do Fórum Atelier do Bonsai.

Link da postagem: http://www.atelierdobonsai.com.br/forum/viewtopic.php?t=18549


23/12/2011 Antes das novas intervenções


28/12/2011 Após poda de alguns galhos e tracionamento de outros.


Projeto do amigo Alexandre S. Coelho



Aguardo opiniões.


Olá Amigos,

Demorou, pois como todos sabemos "Bonsai" é paciência e temos que esperar a natureza responder as nossas intervenções sobre as plantas.


16 de janeiro de 2014


Nova pinçagem para definição de copa.

Ao longo do tempo com esta planta, fui realizando experiências, uma delas foi a retirada das folhas que saiam da silhueta através de poda com tesoura fina e pinçagem, como nas feitas em juníperos. A conclusão que cheguei é que a pinçagem tem uma melhor resposta, aumentando a brotação das extremidades e com menor ressecamento das mesmas.

Nova definição de frente.

As vezes ao longo do projeto precisamos fazer mudanças, pois por mais intervenções que façamos a natureza ainda é soberana.





17 de abril de 2014.



Após várias pinçagens, algumas intervenções e com um bom tempo desde o último transplante, comecei a definir a frente da planta. Diferente das fotos postadas anteriormente onde a frente apresentava um "uro" próximo ao nebari.


16 de dezembro de 2014.


Já em um vaso de cerâmica após transplante realizado em 18 de novembro de 2014.

Voltarei a postar novas fotos, porém paciência, pois vejam que o caminho até aqui desde a primeira intervenção foi de aproximadamente 3 anos e meio.