segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Estilo Chinês X Estilo Japonês

Estilo chinês e estilo japonês
Apesar de a Arte do Bonsai ser conhecida como japonesa, país que disseminou pelo mundo essa bela representação da natureza e onde teve maior desenvolvimento, sua origem é de iniciativa chinesa onde os palácios de imperadores já eram cercados de jardins monumentais desde vários séculos antes de Cristo o que fez que desenvolvimento da e gosto pela jardinagem desse início ao cultivo de árvores em vasos, que posteriormente evoluíram para a arte do bonsai.
Em meados do século III d.C., a palavra (em chinês, p'en tsai – lê-se pun-sai) aparece impressa pela primeira vez em escritos chineses. Em meados do século VII é publicada a primeira obra chinesa dedicada a essas árvores em miniatura cultivadas em vasos.
A palavra bonsai em japonês como grande parte da escrita oriental é formada por dois ideogramas: bon, que significa bandeja ou vaso raso e sai, que quer dizer plantar, cultivar.


O bonsai na China (penjing)
O cultivo de bonsai foi levado ao Japão no século XII e assim como no idioma que sofre mudanças em diferentes países e regiões a arte passou por um processo de diferenciação ganhando características estéticas diferentes na China e no Japão.
O bonsai chinês passou então a ser chamado de penjing (paisagem na bandeja).

Principais diferenças entre bonsai na China e no Japão 

Na China
- Árvore comum, sem uma simetria rígida, mas com equilíbrio.
- Formato livre, tendendo ao triangular.
- Podem ser usados adornos como estatuetas, pontes etc.

No Japão
- Árvore simetricamente perfeita, idealizada e projetada.
- Forma exata com estilos definidos, mais próxima do triângulo.
- O uso de adornos é condenado, a árvore deve ser o único foco da atenção, ou seja, nada deve chamar mais a atenção que o próprio trabalho do artista sobre a natureza.

Diferenças entre o Bonsai comercial e o bonsai artístico
A diferenciação entre bonsai comercial (produzido em larga escala) e o bonsai artístico (mais bem trabalhado e com estilo mais refinado) existe em todo o mundo, mas é muito mais evidente na China.
- Bonsai comercial: Troncos grossos com preço relativamente baixo (preço x tronco). Produzidos em grande escala, não existe uma preocupação com o acabamento da estrutura, apresentando defeitos como grandes cicatrizes de podas drásticas e galhos cruzados. Porém com paciência e conhecimento o custo benefício pode ser algo a ser levado em consideração.
- Bonsai artístico: O bonsai na China tem padrões de estilo e estética diferentes do que se vê no bonsai japonês sendo mais exótico. Não existe a simetria quase matemática do bonsai japonês, mas conservando a visão muito pura da natureza que inspira as formas.

Minha Opinião
Particularmente gosto mais da liberdade de expressão permitida no estilo chinês, o bonsai japonês tem seu valor e sua beleza toda própria, porém a simetria matemática não me parece algo tão natural (opinião estritamente particular), criando com isso inclusive clones de árvores, todas se tornam muito parecidas dentro de cada estilo. O valor japonês a meu ver está na paciência e no desenvolvimento de técnicas apuradas na obtenção de boas plantas e na condução e desenvolvimento destas. Muito nos é útil nos dias de hoje todas as técnicas de condução e criação das plantas destinadas a nossos trabalhos, tais como formas corretas de poda, desenvolvimento de mudas, forma correta de aramação e outros.
Acredito que a associação dos dois estilos é algo mais completo, o estilo clean e apurado do Bonsai japonês junto com o estilo mais ousado e exótico chinês. Com certeza podemos a nosso gosto passear entre as duas técnicas, hora trabalhando puramente o estilo japonês, hora puramente chinês e o melhor com o acesso ao conhecimento facilitado nos dias de hoje a combinação dos dois estilos.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

3 Regras para começar


BONSAI: Três Regras básicas para o Sucesso!


É razoavelmente fácil conseguir um bom Bonsai se você seguir três regras de senso comum!

1. "Escolher as plantas que crescem bem em seu ambiente ou mudar de ambiente para atender as necessidades das plantas."

Um bonsai é simplesmente uma árvore ou arbusto que cresce em um vaso. O recipiente ideal ao seu crescimento e os cuidados necessários é ditado pelo tipo de planta a ser cultivada. Ex.: Pinheiros geralmente requerem bastante luz sobre suas agulhas, ou seja, devem ser cultivados única e exclusivamente em locais abertos com boa incidência de sol. Não existe o chamado "Bonsai de Interior", ou seja, bonsai para dentro de casa. É totalmente impossível? Não, porém terá que pesquisar plantas que requeiram menos horas de iluminação direta sobre as folhas e cultivá-las próximo à uma janela bem iluminada que permita a passagem da luz do sol ao menos em parte do dia. Que seja um local  bem ventilado e que durante o restante do período diurno não fique totalmente escuro, ou seja, tenha uma boa claridade mesmo que sem a luz direta do sol. Para compensar a falta de chuva sobre as folhas, galhos e tronco, você poderá usar um borrifador e ao menos uma vez por semana borrifar água sobre toda a planta, como se a estivesse lavando. 

2. "Escolha uma árvore que já tenha caráter e preparação para a criação do bonsai para evitar uma longa e difícil formação para chegar a uma árvore bela e emocionante."

Realmente não existem segredos. Até mesmo o melhor mestre de bonsai não pode produzir bonsai excepcional, com apenas uma pequena semente, com certeza ele irá utilizar ao menos algumas dezenas delas, germiná-las, deixá-las crescer por algum período, para só então selecionar dentre tantas, alguma muda que tenha caráter para tal. 

Mudas produzidas regularmente, para jardinagem ou agricultura, podem ter raízes longas e perpendiculares que circundam o recipiente onde foram plantadas incialmente, ou seja, não é realizado nenhum trabalho posterior após a germinação para seleção e melhoria da formação das raízes, um dos pontos principais na formação de um bom exemplar de bonsai e estes podem se tornar desafios assustadores para um iniciante e em alguns casos até mesmo aos mais experientes. Um bonsai requer um sistema radicular saudável e compacto. 

Iniciantes devem começar com plantas preparadas por mestres e bonsaístas experientes, o que em nosso país está aos poucos se tornando mais viável.

Porém ao selecionar uma planta em um viveiro, mesmo que não tenha sido trabalhada para bonsai, ou mesmo selecionar uma planta para um yamadori (retirada de plantas na natureza, procedimento não permitido por lei em nosso país), procure por um exemplar que já tenha um tronco interessante, com boa conicidade, movimentos sinuosos e até mesmo com aspectos de envelhecimento. Uma grande quantidade de galhos fortes, que possam ser selecionados para a formação de patamares (copas) e um sistema radicular superficial (nebari - parte visível das raízes) compacto. 

Em plantas muito jovens essa características provavelmente não estarão todas visíveis, ou mesmo, você não irá encontrar todas em uma só muda, porém justamente por serem jovens elas poderão ser trabalhadas. Se obtiver um exemplar jovem com ao menos uma delas, já terá reduzido em muito o caminho para chegar a um bom exemplar adulto.

Muda e pré bonsai de Schefflera
A imagem acima mostra uma muda de Schefflera à esquerda e um jovem Bonsai, ou também chamado de pré-bonsai, também de Schefflera à direita. O pré bonsai à direita, já em treinamento, é alguns anos mais velho e já foi plantado na rocha, tem um tronco mais grosso em relação ao seu diminuto tamanho, galhos fortes, e um sistema radicular compacto. Obviamente, se você começar com a árvore à direita, você terá muitos desafios na formação de um bonsai. O custo seria significativamente mais baixo, porém o trabalho muito maior. Com um pré bonsai o custo é mais elevado, mas existe um potencial muito maior!


Close de muda e pré bonsai de Schefflera
A foto em close das bases mostra a enorme diferença! A árvore jovem tem poucas ramificações. A raiz pivotante (raiz vertical principal) não foi retirada e quando ela bater no fundo do recipiente vai continuar a crescer ao redor do mesmo, o que torna o trabalho do nebari bem mais difícil. 

A árvore da direita tem raízes em torno da rocha, ou seja, as raízes crescem sobre a rocha, tem um tronco robusto e interessante, e tem diversas ramificações fortes. A formação do Bonsai deve ser enfatizada acima e abaixo da linha do solo. 

O sucesso é geralmente baseado na habilidade de uma pessoa para selecionar ou adquirir plantas com alto potencial para a formação do futuro bonsai. Porém muitos erros serão cometidos no princípio da formação, tanto do bonsai, como, e principalmente do bonsaísta e isso e de certa forma é até desejável, pois dará base para as próximas escolhas e direções à tomar. Não desista, essa será sua melhor escola.


3. "Para proporcionar um ótimo crescimento e desenvolvimento, dê as melhores condições para a planta crescer!"

Bonsai não são árvores raquíticas. São plantas saudáveis cultivadas em recipientes. De vez em quando eles atingem o limite de seus vasos e  podem precisar ter suas raízes podadas para melhorar a sua saúde e incentivar um crescimento mais forte. Com a quantidade adequada de água e luz, as raízes irão crescer fortemente quando você podá-las, o que proporcionará mais força ao seu exemplar. Irão surgir novos brotos que poderão dar a você uma nova visão de sua planta, muitas vezes até proporcionando um novo projeto.

Não esqueça de alimentá-las, pois diferente das árvores na natureza, ela não têm como buscar nutrientes fora do vaso, onde o substrato em pouco tempo ficará empobrecido destes nutrientes. Para isso utilize adubos e fertilizantes. Existem muitos no mercado, pesquise, se informe e escolha qual o melhor de acordo com sua preferência e necessidades de sua planta.

Ao escolher as plantas que irão prosperar com seus cuidados, começando por aquelas que têm o espírito e potencial para inspirar você, e criando as ótimas condições de crescimento, você irá aumentar muito suas chances de sucesso. Boa sorte!

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Como e porque realizar um Alporque


Realizando um alporque de maneira prática

A alporquia é uma das maneiras mais indicadas para a obtenção de uma muda já com certo desenvolvimento para a realização do bonsai.
Entre os motivos que fazem desta prática uma das melhores para obtenção de boas mudas estão:
Obter plantas com troncos mais grossos e próximos do que desejamos para nossos projetos.
Possibilidade de escolher galhos que tenham formas mais interessantes e com mais possibilidades de trabalho, ou seja, dentre vários galhos de uma árvore adulta fica mais fácil escolher um que mais se adequa a nosso projeto ou mesmo ao visualizar um galho possamos nele projetar um futuro bonsai.
Obter mudas de plantas com maior dificuldade de germinação de sementes ou mesmo plantas que tenham maior dificuldade de se adaptar ao nosso clima com a obtenção de muda através do alporque de uma planta já adaptada.
Aproveitamento de galhos que seriam simplesmente podados e descartados.
Correção de erros na base do tronco de plantas que são adquiridas para projetos.
Obtenção de mudas de plantas nativas sem a necessidade de retirá-las da natureza – prática não aprovada se pensarmos na sustentabilidade – onde possa haver poucas plantas da espécie desejada o que poderia ocasionar um desequilíbrio da flora e fauna local.

Nota 1: Para a obtenção de mudas com intuito comercial essa não é a maneira mais produtiva.
Nota 2: Nem todas as espécies são suscetíveis ao alporque e outras requerem um tempo relativamente longo para que o alporque possa ser retirado, pesquise a respeito da espécie desejada. Lembre-se – “Bonsai é a arte da paciência”, portanto se sua escolha for por uma espécie que se enquadre na segunda opção, vale a pena aguardar o período de resposta da planta.

No caso apresentado nessa matéria estou realizando o alporque baseado no penúltimo motivo dessa lista.

A espécie utilizada na matéria é uma bougainville glabra Var. Alba (Primavera Branca).

                                                                        Planta comprada em viveiro

Veja que a planta tem boa sinuosidade, porém muitos galhos se cruzam, portanto a primeira intervenção foi à retirada de alguns galhos, entre eles esse que aparece logo a frente planta a meia altura.

 
                                                                             Galho a ser retirado

Após a retirada do galho na foto acima e alguns outros que se encontravam secos, a planta foi deixada em local a meia sombra para que se recuperasse do transplante e das podas realizadas.




Observe que apesar da boa sinuosidade natural do tronco existem dois defeitos que impedem um bom projeto, conforme indicado na foto abaixo: O tronco se divide em duas partes, uma acima do calombo indicado pela flecha vermelha e outra abaixo dele onde a planta não tem boa conicidade deixando o visual em total desarmonia.

                                                    Calombo e falta de conicidade na base do tronco

O que fazer? Deixar o projeto de lado e desistir? Não, nesse caso a solução encontrada foi à realização do alporque na altura do calombo que divide a planta.

                                                                           Alporque para correção

Note a diferença, veja como a planta ficou mais harmoniosa e com boa conicidade da base ao ápice.
Agora irei detalhar através de fotos e textos como foi realizado o alporque acima.


Realizando o Alporque
Muitos têm dificuldade em realizar esse procedimento. Eu mesmo fiz várias experiências até encontrar uma maneira mais prática e simples.
Além das dúvidas de como realizar o corte do anel na altura em que se deseja obter uma nova planta, existe a dificuldade em como proceder com a colocação do musgo ou material escolhido em volta do anel para o novo enraizamento.
Realmente é um procedimento que cria certa dificuldade, principalmente dependendo do galho escolhido (posição do mesmo) e porque na maioria das vezes estamos sozinhos para realizar o procedimento. Fica difícil posicionar o substrato escolhido (principalmente se for areia ou serragem), enrolar o saco plástico, amarrar, colocar o plástico preto em volta do alporque,...

Nota 3: O plástico de cor preta ou escuro é necessário, pois as raízes são fotossensíveis e a claridade da luz solar cria inibição em seu aparecimento.

Materiais necessários:
- Garrafa Pet transparente (pode ser usado garrafão de água mineral caso o galho/tronco seja muito grosso)
- Estilete
- Musgo Esfagno (sphagnum) - Opções: Areia Grossa ou Serragem
- Plástico preto ou escuro
- Fitilho ou barbante
- Enraizador

Corte a ponta da garrafa procurando fazer o corte com o diâmetro aproximado do galho ou tronco em que será realizado o alporque.

                                                      Gargalo (tampa da garrafa)

Faça um segundo corte na garrafa de aproximadamente 12 cm formando uma espécie de vaso e um corte de baixo acima na lateral da garrafa para que possa passá-la pelo tronco ou galho. A garrafa deve ser transparente para que você possa vez ou outra retirar o plástico que a envolverá e visualizar o aparecimento de raízes.
Faça o corte do anel em volta do tronco ou galho de forma a chegar à madeira verde e dura abaixo da casca.

                                                                          Corte em forma de anel


Faça furos ao longo do corte lateral e use-os para amarrar e fechar o vaso/pet. Caso o corte inferior fique folgado corte uma tira de plástico e enrole em volta do tronco até obter o diâmetro do corte da garrafa. Preencha com musgo (areia ou serragem). 

Nota 4: O musgo pode ser deixado de molho no enraizador ou ser molhado após o conjunto ser colocado no lugar (prefiro a segunda opção, pois fica mais fácil trabalhar com o musgo). 



Depois de colocado o musgo e tê-lo molhado coloque um pedaço de plástico preto por cima para ajudar a manter a umidade.

                                                                                          Plástico tamponador

Envolva todo o conjunto com plástico preto ou escuro e amarre para que o plástico não se solte com o vento ou chuva. Na primeira semana regue com solução enraizadora e depois pelo menos uma vez por semana regue novamente o musgo com solução enraizadora (uso para isso uma seringa com agulha p/ não necessitar retirar o plástico) e faça as regas normais no vaso principal da planta. Quando regar deixe escorrer pelo tronco ou galho parte da água para que esta penetre no conjunto mantendo a umidade.

                                                                 Conjunto pronto e envolvido com plástico preto

Vez ou outra retire o plástico para verificar a quantidade de raízes emitidas.

                                                                                     Novas raízes – Vista lateral

                                                                                   Novas raízes – Vista superior


No caso desta bougainville o alporque foi deixado por quarenta dias, porém este prazo pode variar de acordo com a espécie e época do ano.
Após verificar a quantidade de raízes formadas e certificar-se que estão em quantidade suficiente para sustentar a nova planta, inicie a retirada do alporque.

                                                                                            Retirando o vaso/pet

                                                                                     Conjunto já sem o vaso/pet

Inicie a retirada do musgo com muito cuidado tendo em mãos um hashi ou pinça para auxiliá-lo nessa função. O hashi se torna necessário devido à delicadeza desse processo, as raízes são muito frágeis nesse período, portanto tome todo cuidado e faça o trabalho com calma e paciência – lembre-se, por estarem envolvidas em musgo, fica mais difícil à visualização das raízes mais finas e é possível que se quebrem -. Nesse caso a areia grossa ou serragem se torna mais fácil, porém se usar um desses elementos lembre-se que são mais pesados e devem ser bem apoiados após retirar o vaso/pet para que não se quebrem em torrões e com isso quebrem um grande número de raízes.

                                                                                 Retirando o musgo com pinça

                                                             Terminando a retirada do musgo com hashi de metal

                                                                                   Trabalho de limpeza realizado


Após retirar o musgo (não é necessário retirá-lo por completo, nesse caso o fiz para dar uma melhor visualização nas fotos) segure as raízes de forma delicada formando uma espécie de copo com a mão para que possa levantá-las e protegê-las deixando o local onde será o corte bem visível e para que não corra o risco de cortá-las junto.

                                                                                    Raízes elevadas e protegidas


Inicie o corte. Use para isso uma serra própria para poda.

                                                                                               Processo de corte


                                                                                              Processo terminado

 
Não se esqueça de deixar já o vaso para o qual irá transplantar a nova planta e o substrato a ser utilizado pronto visando não deixar as raízes expostas por mais tempo do que o necessário.
Passe um produto selante no corte realizado, para evitar o apodrecimento desta base. No caso acima utilizei um produto vendido comercialmente como asfalto frio, utilizado para impermeabilização de lajes. 

Nota 5: É a primeira vez que utilizo esse produto, portanto não posso mencionar quanto a sua eficácia.


                                                                                     Corte selado


Coloque uma camada de substrato sobre o vaso de treinamento.
Posicione a planta procurando deixar as raízes da forma mais radial possível possibilitando assim a formação de um ótimo nebari de forma estrelar. Com mesmo hashi utilizado para a retirada do musgo ajeite as raízes.

                                                       Raízes posicionadas de forma radial (tipo raios de bicicleta)
 

Complete o vaso cobrindo totalmente as raízes. Como as raízes são extremamente frágeis, você não terá como ancorar a planta com arames presos ao fundo vaso, então ancore nas laterais do vaso assim como na imagem, pode-se utilizar fio de nylon, barbante, fitilho ou outro material a sua escolha. Costumo proteger os locais onde são amarrados os fios na planta com pedaços de couro ou algo semelhante.



                                                                Raízes cobertas e planta ancorada


Não se preocupe se a princípio a planta não ficar exatamente na posição desejada, pois você poderá corrigir isso quando realizar o próximo reenvase. Não tente corrigir agora, pois ocasionará danos as raízes.

                                                                                         Trabalho finalizado



 Espero que tenham gostado da matéria e que possa ser útil aos amigos bonsaítas.

Fotos e texto: Donegá